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“No Front” peça teatral no Teatro Glaucio Gill

Peça “No Front” retorna aos palcos trazendo reflexões sobre o poder destruidor das guerras e o impacto nas relações humanas

Após uma temporada de sucesso em 2024 no Teatro Poeira, a peça “No Front” volta em cartaz a partir de 5 de abril no Teatro Glaucio Gill, em Copacabana, levando o público a uma experiência de tensão e reflexão. Com direção de Daniel Herz e realização da Santaroni Produções, o espetáculo acompanha um grupo de cinco pessoas presas sob os escombros de um bombardeio, obrigadas a enfrentar seus medos mais profundos enquanto a guerra segue lá fora.

A trama se desenrola durante um aniversário infantil, abruptamente interrompido pela explosão de uma bomba. Presos sob os destroços, os personagens vivem o colapso de suas certezas e a iminência da morte, em um embate entre o tempo suspenso do soterramento e a brutalidade do conflito.

Questões pessoais, sonhos, frustrações e relações familiares emergem, expondo condições emocionais e revelações que estavam também soterradas nos cinco personagens.

“O que é o tempo de um soterramento? Um instante fulminante ou uma vida que desmorona lentamente? É possível atravessar uma guerra ileso, mesmo estando a um continente de distância?”, provoca o diretor Daniel Herz.

O elenco reúne Carol Santaroni, Clara Trocoli, Deborah Sargentelli, Jean Rey e Kaique Bastos, que também assinam a dramaturgia. A pesquisa para o espetáculo percorreu diversos conflitos históricos, buscando evidenciar a atualidade e a universalidade da experiência da guerra.

Um soldado que deseja desertar, uma jovem que sonha com a maternidade, uma mãe que perdeu seu filho, uma enfermeira e um antigo general são obrigados a lidar com seus sonhos e medos em um tempo estendido entre o momento em que a bomba cai e o seu completo soterramento.

A atriz Carol Santaroni, conta que a peça aborda uma temática atemporal: as guerras e as consequências que, direta e indiretamente, acabam afetando a todos. “Minha personagem perde tudo e no desespero acaba cometendo um crime. O espetáculo mostra o quanto a violência destrói a vida das pessoas”, comenta Santaroni.

Deborah Sargentelli revela que a peça é densa e exigiu muito estudo sobre as guerras e a sensação de soterramento. “Desde o início do processo, por lidar com a ideia iminente da morte, comecei a pensar muito na relação entre morte e vida e construí uma personagem que se agarra à ideia de ter um filho, mesmo na circunstância da guerra, como uma tentativa de ficar viva e realizar seu sonho. É um sopro de esperança que ela encontra para conseguir lidar com o horror”, conta Sargentelli.

Clara Trocoli interpreta uma enfermeira que atua na linha de frente dos feridos durante a guerra e tem uma relação conturbada com o pai, no qual não se falam há mais de dez anos. “Essa enfermeira que interpreto acusa o pai militar de ter cometido um crime de guerra, mas ela própria também esconde um ato terrível e isso tem um preço. A peça vai revelando os segredos e angústias de cada um”, revela Clara.

Jean Rey interpreta o general aposentado. O ator conta que seu personagem é um general da reserva e ao final da vida teme a morte por uma bomba. “A história do mundo é permeada por guerras. Sou francês, nascido durante a Segunda Guerra Mundial e esse medo sempre rondou a minha vida. Gosto da frase que diz que: Depois da guerra vem a paz e depois da paz vem a guerra. Meu personagem se envolve em um crime de guerra, mas se defende alegando apenas ter cumprido ordens superiores”, conta Jean.

Kaique Bastos interpreta o soldado e comete um crime de guerra. O medo da morte é um ponto abordado no espetáculo. “A ideia é mostrar que em tempos conturbados, todos estão vulneráveis e sofrem as consequências. Encerro o espetáculo com um monólogo inconformado sobre a morte e as pendências da vida. Ninguém está preparado para morrer. Todos nós temos os nossos compromissos e nunca estaremos prontos para este momento. Em muitas capitais do Brasil, por exemplo, vivemos uma guerra urbana e estamos diariamente expostos à violência”, opina Kaique.

Serviço
NO FRONT
Sábados, domingos e segundas-feiras às 20h
Temporada: de 5 a 28 de abril
Teatro Glaucio Gill – Praça Cardeal Arcoverde, s/n°, Copacabana
Ingressos: https://funarj.eleventickets.com/#!/evento/beabb69402299f72e26268ef1ca24bde7f6e1821

Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: ?? anos

Ficha Técnica
Direção e Dramaturgia: Daniel Herz
Elenco e Dramaturgia: Carol Santaroni, Clara Trocoli, Deborah Sargentelli, Jean Rey e Kaique Bastos
Direção de Arte: Madu Penido
Cenário: Lara Aline e Mari Faria
Iluminação: Walace Furtado
Trilha Sonora: Pedro Nego
Assistente de Direção: Bernardo Pupe
Assistente de Figurino: Duda Costa
Direção de Produção: Ateliê ClarArtes e Produções
Operação de Luz: Jaqueline Lelis
Operação de Som: Lucas Araujo
Montagem e Desmontagem: Lucas Gustavo e Ingrid Nascimento
Programação Visual: Felippe Del Bosco
Fotos de Cena: Caio Alexandre e Roberto Cardoso
Assessoria de imprensa: Rodolfo Abreu | Interativa Doc
Gerenciamento de Redes: Carol Santaroni
Realização: Cia Absurda

 

Data

05 - 28 Abr 2025
Ongoing...

Hora

sábados, domingos e segundas-feiras, sempre às 20h
20:00 - 21:00

Localização

Teatro Glaucio Gill
Teatro Glaucio Gill
Praça Cardeal Arcoverde, s/n - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ, 22040-030, Brasil
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