Exposição de Thix “Réquiem para um nome”
É com imenso prazer que apresentamos a primeira individual de Thix na galeria, “Réquiem para um nome”, com 28 retratos inéditos e idealizados especialmente para a exposição na Galeria Silvia Cintra + Box 4, que abre ao público no dia 28 de novembro.
Thix elabora questões autobiográficas como luto e transição, aliadas à celebração de histórias coletivas de identidades não-normativas. Traz corpos dissidentes para pinturas de referência histórica que evocam o retrato honorifico – imagens de poder e respeito, para construir sua própria pinacoteca queer como “obra-manifestação”, numa operação que vai reivindicar a presença de corpos interditados pelos modos dominantes de discurso e construção narrativa.
Ocupando o espaço expositivo de forma densa, remontando um salão de arte dos séculos XVIII ou XIX, tensiona a escala temporal, e permite que as obras – e as vidas – dialoguem entre si, colocando em relevo experiências compartilhadas acerca dos processos pelos quais pessoas pensam e constituem suas próprias subjetividades. O resultado é uma sobreposição sensível entre obra de arte e biografia, que sublinha as dimensões estética e política das pinturas.
Em sua pintura, examina gêneros familiares – no retrato e nas identidades – em uma apropriação dissidente do cânone que complexifica o pessoal e o político, centros e bordas, o étereo e a corporeidade. Pintura essa que tem no retrato uma de suas características mais elementares: enaltecer e produzir presença, uma troca constante de olhares, uma negociação íntima entre ver e ser visto.
Thix estudou desenho e pintura na Florence Academy of Art (Itália) e na Barcelona Academy of Art (Espanha), com passagem pelo ateliê Grand Central de Nova York. Em 2021, foi selecionade nas competições Internacionais Figurativas (MEAM) e Royal Society of Portrait Painters (Reino Unido). Em 2022 integrou o programa de residência artística da Casa da Escada Colorida (Rio de Janeiro), e ano passado participou da Residência Uncool Artist, no Brooklyn (Nova York). Entre 2023 e 2024 participou das seguintes mostras coletivas: Solar dos Abacaxis e Centro Cultural dos Correios (Rio de Janeiro); 15° Salão dos Artistas sem Galeria promovido pelo Mapa das Artes (São Paulo); da III Bienal Black Rio (Rio de Janeiro); da GAS Verão (Rio de Janeiro); do Programa Exposições do Marp (Ribeirão Preto); do “O que te faz olhar o céu?” no Centro Cultural dos Correios (Rio de Janeiro). Em 2024 ganhou o Prêmio Garimpo das Artes da Revista DasArtes, através do qual realizou uma residência na FAAP, São Paulo.