
Instituto Cervantes do Rio de Janeiro lança, pela Editacuja, primeira tradução internacional do romance “A Mulher Pintada”, de Teresa Arijón
Instituto Cervantes do Rio de Janeiro lança, pela Editacuja, primeira tradução internacional do romance “A Mulher Pintada”, de Teresa Arijón
Grande sucesso na Argentina e na Espanha, romance argentino chega ao Brasil com tradução de Flávia Falleiros, posfácio inédito e orelha de Heloisa Teixeira
No dia 5 de julho, quinta-feira, às 18h30, o Instituto Cervantes do Rio de Janeiro, em Botafogo, dá espaço para o lançamento do livro A Mulher Pintada, da poeta, tradutora e narradora argentina Teresa Arijón – a primeira tradução internacional da obra que mobilizou leitores e crítica especializada na Argentina e na Espanha desde seu lançamento, pela Lumen, em 2021. Obra literária inovadora sobre corpos, arte e memória, também foi traduzida pela poeta e ensaísta Flávia Falleiros. O livro “estreia” no Brasil como um dos projetos editoriais mais ousados da temporada, cruzando literatura, história da arte e memórias do corpo feminino e ganha sessão de Lançamento no Instituto Cervantes, Rio de Janeiro, com a presença da autora.
Sinopse
“Quando, recostada, posava para Juan, minhas mãos descansavam sobre a almofada. Naquela época, eu segurava as bordas da cama por alguns segundos antes de dormir, num último clarão de consciência. Durante as poses, porém, ficava adormecida com as mãos soltas, felizmente desprendidas do mundo visível”. Assim se inicia esta obra que desmonta a iconografia da musa passiva, oferecendo um contraplano inédito: o da mulher-modelo que agora narra, interpreta e cria. Teresa Arijón, que atuou como modelo-vivo por vinte anos, reconstrói neste romance literário e ensaístico sua experiência nos ateliês de pintura, evocando os silêncios, olhares e ausências que marcaram a relação entre artistas homens e as mulheres que posaram para suas obras – e para a História.
Combinando narrativa autobiográfica, ensaio, entrevistas e relatos históricos, A Mulher Pintada reimagina o lugar das mulheres nas artes visuais, ao documentar e recuperar as vozes de quase quarenta modelos icônicas e invisibilizadas ao longo dos séculos, como Suzanne Valadon, Tehamana (de Gauguin), Marie Van Goethem (de Degas), entre outras. A edição brasileira inclui ainda reproduções de pinturas de Juan Lascano, que retratou Arijón, ampliando o diálogo entre palavra e imagem.
Na orelha da edição brasileira, Heloisa Teixeira (Heloisa Buarque de Hollanda) afirma: “Teresa retoma seus tempos de modelo vivo, se rebela e produz um texto primoroso, íntimo e arriscado (…). Neste romance único, que também pode ser lido como um ensaio ou uma memória coletiva, Teresa Arijón cria uma comunidade inédita de mulheres raras e extraordinárias, modelos e artistas soltas ao longo da história”.
Reconhecida como uma das grandes vozes da literatura contemporânea argentina, Teresa Arijón já traduziu autores fundamentais da literatura brasileira e de língua portuguesa, como Clarice Lispector, Waly Salomão e Mia Couto, tendo recebido o Prêmio Konex em 2014. A Mulher Pintada é um marco em sua carreira, agora compartilhado com leitoras e leitores de língua portuguesa, num projeto que reafirma o compromisso da Editacuja com obras de valor literário, estético e político. A tradução, notas e posfácio são assinados por Flávia Falleiros, doutora em Literatura, com ampla e reconhecida carreira na França, autora de Rádio melancholia (Editacuja, 2022) e especialista em literatura e pensamento estético.
Sobre a autora
Teresa Arijón nasceu em Buenos Aires. Poeta, tradutora e narradora, publicou livros que transitam entre a poesia, a dramaturgia, o ensaio e a crônica, além de reunir sua obra poética na antologia Un millón de veranos (2023). Seu trabalho dialoga com corpos, imagens e deslocamentos — temas também centrais em seu primeiro romance, La Mujer Pintada (Lumen, 2021), lançado na Argentina e Espanha, e que chega ao Brasil em 2024 pela Editacuja, em tradução de Flávia Falleiros. Tradutora premiada (Prêmio Konex, 2014), Teresa já verteu para o espanhol grandes nomes da literatura brasileira, como Clarice Lispector, Waly Salomão, Ana Cristina Cesar e Ferreira Gullar. Idealizou Puentes/Pontes, antologia bilíngue que costurou poetas brasileiros e argentinos contemporâneos em diálogo e codirige, com Bárbara Belloc, o projeto Nomadismos, que promove encontros e publicações entre artistas da América Latina. Sua trajetória inclui residências e conferências internacionais. Foi escritora residente do International Writing Program (Iowa, EstadosUnidos) e, atualmente, prepara nova temporada como escritora residente na Alemanha, logo após o lançamento do seu romance no Brasil.
Sobre a tradutora
Flávia Falleiros é doutora em Literatura Francesa pela Université Paris X Nanterre (França). Traduziu, com Letícia Iarossi, O Passeio Vernet, de Diderot (e-book, Editacuja, 2021) e é autora do ensaio O Passeio Vernet, de Diderot: arte, natureza, religião e sociedade : arte, natureza, religião e sociedade, na mesma publicação. Publicou também com a Editacuja o livro de poesia Rádio melancholia (2022). Tem inúmeros outros ensaios e aparatos críticos publicados, entre eles Uma vaga de sonhos e O camponês de Paris, ambos de Louis Aragon, Hebdômeros, de Giorgio De Chirico, e Pinturas, de Victor Segalen. Atuou como docente na École Normale Supérieure de Paris, Universidades de Rennes, Nantes e Lorient; UFPB e Unesp. Atualmente, é professora colaboradora no Programa de Pós-graduação em Letras da Unesp.
Serviço
“A Mulher Pintada”
Dia 5 de junho, às 18h30
Local: Instituto Cervantes do Rio de Janeiro
Endereço: Rua Visconde de Ouro Preto, 62
Assessoria de imprensa Instituto Cervantes: BriefCom Assessoria de Comunicação/Bia Sampaio (21) 98181-8351/biasampaio@briefcom.com.br/@briefcomcomunicacao
Conversa e sessões de autógrafo Não somos musas, somos artistas: mulheres na arte, na literatura e na tradução
Com Teresa Arijón e Flávia Falleiros.
Mediação: Paloma Vidal
Projeção de intervenções da pintora galega Maria Eiras @mareiras.art n’A Mulher Pintada
A MULHER PINTADA, de Teresa Arijón Tradução, notas e posfácio: Flávia Falleiros Pinturas de capa e miolo: Juan Lascano Edição: Érica Casado Projeto gráfico e diagramação: Letícia Lampert Revisão: Elieni Caputo Editacuja, 2025 | 192 páginas | ISBN: 978-65-89407-34-8 Distribuição nacional: https://editacuja.com.br/produto/a-mulher-pintada-de-teresa-arijon/ Para entrevistas, imagens em alta resolução e informações adicionais: erica@editacuja.com.br 11 99305-6025