
ABAPIRÁ INAUGURA MOSTRA DA REDE KATAHIRINE
ABAPIRÁ INAUGURA MOSTRA DA REDE KATAHIRINE
A Abapirá, espaço independente de Arte no Centro do Rio, inaugura de forma inédita “Fio por fio até o infinito do mundo”. Trata-se da primeira mostra da Katahirine – Rede Audiovisual das Mulheres Indígenas, que trabalha para fortalecer e visibilizar a produção audiovisual indígena feminina no Brasil e América Latina. A exposição, curada pela própria rede e pensada especialmente para o local, abre no dia 5 de julho, sábado, às 14h, com conversa e performance, e vai até 23 de agosto. A iniciativa faz parte do Projeto Janelas da Abapirá, com apoio do Reviver Centro, plano de recuperação urbanística, cultural, social e econômica da região central do Rio. A entrada é franca.
Katahirine é uma palavra da etnia Manchineri, povo indígena no estado do Acre, que significa constelação. Como o próprio nome sugere, a rede expressa a diversidade, a conexão e a união de mulheres indígenas que atuam no audiovisual. O destaque da mostra é a videoinstalação “Fio por fio até o infinito do mundo”, um trabalho experimental e inédito que aborda temas ambientais e da mulher indígena. O trabalho contempla mais de sete línguas faladas, incluindo Mbyá-Guarani (Mbyá-Guarani), Pataxó (Patxohã), Fulni-ô (Yathê), Huni Kuī (Pano “Hãtxa Kuī”), Arara Shawãdawa (Pano), Manchineri (Aruak) e Baniwa (Aruak).
A ideia da exposição é dar visibilidade à produção audiovisual das mulheres indígenas do Brasil, fazendo ecoar vozes e lutas dos povos originários pelos seus direitos, por meio da arte, da cultura e do diálogo intercultural. “É a oportunidade de apresentar modos de vida, memórias, histórias e saberes de diferentes identidades étnicas indígenas brasileiras por meio de suas próprias narrativas”, diz Helena Corezomaé, coordenadora da Rede Katahirine.