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A Canção dos Oprimidos faz a sua Última Turnê em novembro

O clássico Os Miseráveis ganha alma brasileira em “A Canção dos Oprimidos”, um musical contemporâneo e visceral que transpõe a Revolução Francesa para o coração das favelas do Rio de Janeiro. A obra retrata o Brasil profundo: suas feridas, sua fé e sua luta por justiça, em uma encenação que mistura drama, crítica social e ritmos populares como samba, rap, axé e olodum.

O espetáculo marca a estreia da produção na capital carioca e, ao mesmo tempo, sua despedida de São Gonçalo, cidade em que o projeto nasceu. Após temporadas com sessões esgotadas e mais de 500 espectadores alcançados, o grupo realiza uma turnê de encerramento com três apresentações únicas, em formatos distintos, reafirmando a força da arte como ferramenta de resistência.

A trama acompanha Jean, homem negro que tenta reconstruir a vida após ser preso injustamente. Perseguido por seu ex-carcereiro, Xavier, ele encontra apoio espiritual em Mãe Lázara d’Ogum e se une a uma juventude em ebulição, liderada por Júlio e Madame Satã, que se levanta contra a violência e o abandono do Estado.

“A Canção dos Oprimidos é, acima de tudo, um espelho que expõe ao público a imagem de um país que ainda luta para se libertar das próprias correntes. Luta essa que deve ser travada com resistência, conhecimento, fé, educação, arte, consciência e, acima de tudo, união.”
— Charles Alves, direção cênica e musical

A direção de Charles Alves propõe um diálogo entre o realismo e o teatro épico: o palco se estende até a plateia, rompendo as paredes da ficção e convidando o público a fazer parte da narrativa. A dramaturgia, assinada por Charles Alves, Flávia Freitas e Gabriel Engel, mergulha em temas como intolerância religiosa, reintegração de ex-detentos, prostituição, corrupção e violência de Estado, conduzindo o público entre crítica e catarse. Na direção de produção, Pietra Aranda articula o trabalho de mais de 20 artistas em cena e conduz um processo coletivo que une técnica e propósito. Henrie Araújo, na assistência de direção, contribui para a construção visual e sensorial da montagem, também responsável pela cenografia do espetáculo.

A estética do musical parte da reciclagem e do reaproveitamento de materiais, transformando insumos descartáveis em poesia visual. Cada elemento cênico reforça o sentido simbólico de uma obra que fala de reconstrução — individual, social e artística.

Além do palco, A Canção dos Oprimidos também se afirma como um projeto de inclusão e formação. O espetáculo promove ações afirmativas, oferecendo ingressos gratuitos para comunidades umbandistas e ex-detentas, além de workshops de produção cultural e empreendedorismo artístico voltados a grupos periféricos. Em todas as apresentações, há equipe de apoio para acessibilidade.

O espetáculo é apresentado pelo Governo Federal, Ministério da Cultura, Governo do Estado do Rio de Janeiro e Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, através da Política Nacional Aldir Blanc.

SERVIÇO

Apoio: Oficina de Teatro Gabriel Engel e Frango do Russo
Gênero: Drama
Classificação: 12 anos
Ingressos: a valor popular

02 de novembro — 18h30
Espaço Cultural Panorama – São Gonçalo
➡ Última apresentação na cidade, em formato de semi-arena!
Ingressos: R$ 18 (meia) | R$ 32 (inteira)
🔗 sympla.com.br/evento/a-cancao-dos-oprimidos/3176774
05 de novembro — 19h
Teatro Miguel Falabella – NorteShopping, Rio de Janeiro
➡ Primeira apresentação no Rio
(Sessão com tradução simultânea em Libras)
Ingressos: R$ 35 (meia) | R$ 70 (inteira)
🔗 bileto.sympla.com.br/event/112414
14 de novembro — 20h
Teatro Del’Art – Barra Point, Rio de Janeiro
➡ Encerramento da turnê, em formato de teatro épico!
Ingressos: R$ 18 (meia) | R$ 32 (inteira)
🔗 bileto.sympla.com.br/event/112311

Instagram: @acancaodosoprimidos

Data

02 - 14 Nov 2025
Ongoing...